Em parceria com a Cargill, nós vamos plantar mais 200 hectares de sistemas agroflorestais. Agora, com esse novo aporte, serão 300 hectares de agroflorestas que vão restaurar a paisagem da Mata Atlântica da parte sul da APA Tejupá.
O piloto
Em dezembro de 2020 iniciamos o piloto do projeto, a partir da doação da Fundação Optimus, do Banco Suíço UBS. Durante todo o ano de 2021 e 2022 nós implantamos sistemas agroflorestais com café, abacate e outras espécies nativas. O objetivo era implantar 100 hectares de sistemas agroflorestais de pelo menos 30 famílias. Uma das áreas que fazem parte do projeto é a Aldeia Karugwá, que fica em Barão de Antonina.
Expandindo o projeto
A partir do início de 2022 estamos expandindo o projeto para outros municípios da região de Timburi, sudoeste do estado de São Paulo, como Bernardino de Campos, Piraju, Sarutaiá, Ipaussu, Óleo, Itaporanga e outros. Dentro do Programa Proteger e Restaurar, da Cargill, estão sendo implantados mais 200 hectares, principalmente
focando em restauração de minas, nascentes e beiras de rios.
Esse tipo de ação na região é urgente, não apenas por ser um local estratégico para manutenção da biodiversidade, mas principalmente por estar localizada na maior bacia de água doce limpa do estado de São Paulo e abastecendo os aquíferos Piramboia, Serra Geral e Guarani. Cerca de 75% do solo está antropizado e possivelmente degradado.
Restauração com técnicas ancestrais e agroflorestais
As áreas de restauração estão recebendo espécies nativas da Mata Atlântica da região. Estamos usando duas técnicas: a muvuca de sementes, para áreas que alagam periodicamente, brejos ou locais não mecanizáveis; e o plantio de mudas de diferentes estratos e períodos na sucessão.
Fizemos algumas muvucas com os nossos parceiros da Baobá Florestal. Esta técnica consiste em fazer um mix de sementes diversas, homogeneizadas por areia, terra ou substrato (saiba mais aqui). Algumas espécies que plantamos são a farinha-seca, guapuruvu, paineira, chichá, ipês, guatambu, copaíba, cedro, carvoeiro… são 66 espécies diferentes. Nos plantios por mudas estamos plantando louro-pardo, ipê roxo, pau formiga, jequitibá-rosa, araçás, copaíba, jacarandá e mais 40 espécies nativas.
Notícias sobre o projeto
Nós criamos um site especial para o projeto. Nosso objetivo é continuar plantando e criar um grande corredor do Morro do Diabo até o litoral de Guaraqueçaba. Se você é da região da APA Tejupá ou conhece alguém, você pode entrar em contato conosco para fazer parte pelo hello@pretaterra.com.
Ainda, pensando na multiplicação de conhecimento agroflorestal e restauração produtiva da paisagem, você também pode fazer o nosso curso Pioneer, do PRETATERRA Academy e se juntar a nós nesta onda transformadora, que vai mudar a nossa paisagem agrícola!