Hoje vamos conhecer o projeto da Claudia Zago, gestora da fazenda Chácara Cheiro de Mato (Itatiba, SP). Ao lado da PRETATERRA, planejamos a conversão de uma antiga área de pastagem para um sistema agroflorestal altamente produtivo e biodiverso com foco em café, além de outras 17 espécies comercializáveis.
“Eu comecei a ver sentido em usar essa propriedade para produzir alimentos, conviver e formar um sistema de regeneração muito interessante.”
– Claudia Zago
Depois de muitas trocas e de um processo de co-construção, chegamos a um resultado alinhado com a área e os planos de Claudia. Montamos o design agroflorestal acompanhado de uma robusta modelagem econômica. “[A PRETATERRA me forneceu] todos os quantitativos das mudas, dos insumos, dos equipamentos, da mão-de-obra, o passo-a-passo das operações de implantação e de manejo, e também, muito importante para a tomada de decisão, as estimativas de custos de produção e as receitas”.
No projeto na Chácara Cheiro de Mato, a PRETATERRA estudou a fundo as características da área, levando em consideração a composição do solo, o clima regional, a fisionomia do entorno e os aspectos comerciais, como a localização da propriedade em relação ao mercado de produtos agrícolas. Por sua proximidade com a área urbana, o escoamento dos produtos ao longo do tempo será beneficiado.
Elaboramos igualmente o chamado nicho funcional dessa agrofloresta, ou seja, o agrupamento de espécies que terão uma disposição idêntica em todo o sistema. “Minha preferência pela planta-chave foi o café.”, diz Claudia. Mesmo mantendo o foco no café, selecionamos algumas espécies secundárias bastante populares, como a goiaba vermelha e o limão cravo, pensando no potencial de valor agregado de produtos como compotas, doces, geleias e sorvetes. Além disso, para ciclos mais longos, optamos por madeiras de alto valor no mercado, como o mogno africano e o cedro australiano. A fim de aumentar a diversidade do sistema atual, ou para modificar a composição dos sistemas a serem implantados futuramente, existe a possibilidade de substituição de espécies de acordo com seu nicho funcional, revelando a elasticidade como aspecto primordial nos projetos PRETATERRA.
Ademais, com o design integrativo proposto, a prognose é de uma receita anual próxima de R$30.000/ha, em um ciclo de 20 a 25 anos, e uma produção média de 5 toneladas por hectare em produtos agroflorestais a cada ano. Além do evidente potencial econômico, esse sistema ainda terá a vantagem de poder o regenerar solo, a paisagem e sua matriz florestal.
“Fiquei muito satisfeita com o trabalho proporcionado pela PRETATERRA. Obrigada!”, finaliza Claudia.
O design regenerativo apresentado busca congregar fatores ecológicos e econômicos em sua resiliência, diversidade e sistematização operacional. Todas as premissas utilizadas criam um sistema inteligente e diverso, melhorando as qualidades intrínsecas do solo e, consequentemente, do café e das frutas (produtos principais). As múltiplas funções do sistema agroflorestal melhorarão a resiliência das plantas e as qualidades intrínsecas dos produtos.