Um dos seus nomes é “pacová”, vindo da língua Tupi pa’kowa, significa “folha de enrolar”. A bananeira é nativa da Ásia, mas se adaptou muito bem às florestas americanas pois é adaptada a climas tropicais.
Uma planta com uma fruta muito nutritiva, rica em fibras, com diversos sais minerais e vitaminas, a banana pode ser um calmante intestinal, estimulante da produção de serotonina, além de prevenir câimbras e melhorar a circulação sanguínea.
Aqui no Brasil existem grandes produções em monocultura no Vale do Ribeira, ao sul do estado de São Paulo, e em outros estados do nordeste como Bahia, Alagoas e Pernambuco. Porém, é dentro da agrofloresta que ela brilha. Sempre está presente nos quintais agroflorestais ou em outros sistemas, e normalmente, é cultivada como uma espécie de serviço. Não é pra menos, na agrofloresta ela cicla nutrientes, sombreia espécies de árvores, produz biomassa, atrai polinizadores e… ainda nos dá frutos!
Essa planta se reproduz por meio de uma propagação vegetativa, ou seja, a partir de um rizoma presente nas plantas adultas. Você já reparou que o seu fruto, a banana, não tem sementes? É porque ela se desenvolve sem a fecundação das flores, diferente de outras espécies selvagens como a Musa balbisiana, nativa do sul da Ásia que apresenta diversas sementinhas.
De cada bananeira, se origina um cacho de bananas, e logo após o surgimento dele, um novo pseudocaule nasce (tem esse nome pseudocaule porque funciona como caule, mas na verdade são as folhas enroladas). Desta maneira, uma bananeira sempre estará agrupada em gerações, com a avó, mãe, filha e assim por diante. É, portanto, uma espécie que demanda manejo, poda, cuidados com o solo, clima e umidade para que cresça saudável e gere muita biomassa.
Dentre a Banana-Nanica, Prata, Ouro, Maçã ou Da Terra, todo mundo tem uma preferida e cada variedade tem uma arquitetura, sabor, durabilidade e variedade de nutrientes diferente. A banana não apenas garante alimentos para a família agricultora e a fauna ao redor, é também um produto que pode ter um valor agregado para incrementar a renda da agricultura familiar.
Banana é vida!
Esse é o segundo post do Diários da Comida. O primeiro foi sobre a quinoa e você pode ler mais here.
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